quarta-feira, 18 de novembro de 2015

1ª Marcha Nacional de Mulheres negras


A 1ª Marcha Nacional de Mulheres Negra, está acontecendo hoje em Brasília.
A marcha tem como um dos principais objetivos reunir mulheres negras, respeitando suas especificidades e diversidade em torno de uma pauta comum, rompendo as barreiras levantadas por ideologias, diferenças geracionais, religiosas e partidárias, a fim de se unirem e lutarem por meio de uma só causa "Mulheres Negras".

A Marcha reivindica publicamente aos governos: municipais, estaduais e federal reparação às mulheres negras em defesa de uma sociedade mais justa e igualitária para que as diferenças não se tornem fatores de desigualdade.

As Mulheres Negras brasileiras, são as que mais sofrem violência doméstica, racismo,preconceito, discriminação e exclusão. Segundo o ultimo censo do IBGE a cada 1 hora e 50 minutos uma mulher negra morre. As mulheres negras tem três vezes mais chances de serem estrupadas do que as mulheres brancas, são as maiores vítimas da violência doméstica. São elas que mais sofrem com a discriminação do aborto, sem falar na violência simbólica cotidiana, alimentada por uma mídia racista que invisibiliza a participação na sociedade de mulheres negras, indígenas, lésbica e transexuais.

São 49 milhões de mulheres negras  no Brasil, que a exemplo do índice de mortalidade, tem o protagonismo negativo de encabeçarmos os piores índices de de direitos humanos em todas as áreas: saúde, educação, emprego, moradia, acesso a educação, etc...

Poema:

“Somos humildes sim, entre os nossos irmãos e irmãs
A eles ubuntu, nosso àse.
Mas no hostil do mundo
Erguemos nossonariz de negra
Coluna ereta,cabeçacoroada
Porque eles fingem ignorar que viemos de uma linhagem de rainhas
Somos um povo sobrevivente
Nossoori brilha e nos protege das hienas
As mulheresnegrasestão em marcha, anunciamos
Quando uma sobe, leva a outra
Somos terra sagrada e fértil
Somos fortes por falta de escolha
Estamos em marcha
Estamos só começando...”
(por Juliana Gonçalves - jornalista e ativista da luta antirracista)


Postado por: Cristina de D. Oruana

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Zumbi dos Palmares e o Dia da Consciência Negra

Zumbi dos Palmares, negro escravo que morreu lutando pela liberdade do seu povo no Brasil. No dia 20 de novembro de 1965.
Zumbi dedicou sua vida a luta contra a escravatura no período do Brasil Colônia.
No Brasil democrata, somente em janeiro de 2003, no governo dito "popular", é que foi instituída a lei 10.639 que inclui o Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar, lei que torna obrigatória o ensino sobre diversas áreas da História dos negros e negras no Brasil, cultura negra brasileira etc.

Em 2015 continuemos na luta, buscando a igualdade de oportunidade entre raças no Brasil, e dizendo não a todas as formas de exclusão e preconceito, e é nesse contexto que o Bloco Afro Embaraxé da casa de Mina Jejé e Nagô de Toy Lissá de Abé Manjá - Huevy está inserido.
Viva Zumbi, nosso precursor!
Viva a comunidade Afro-religiosa!
Postado por: Cristina de D. Oruana 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra

Dia 20 de Novembro é o dia reservado no Brasil pra comemorar o dia da Consciência Negra. A data homenageia o Zumbi de Palmares, um escravo brasileiro que foi o líder do Quilombo mais famoso por sua resistência do Brasil: "Quilombo de Palmares".
A data 20 de novembro é o dia da morte de Zumbi, que foi morto por Bandeirantes liderados por Domingos Jorge Velho.

Por: Cristina de D. Oruana

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mapa da Violência 2015 : Homicídio de Mulheres no Brasil


Foi lançado no dia 09/11/2015 em Brasília, a 1ª edição do Mapa da Violência 2015 - HOMICÍDIO DE MULHERES NO BRASIL.

O livro é de autoria de Julio Jacobo Waiselfisz, mostra o estudo feito sobre a violência de gênero, das mulheres no Brasil.

Apoio:

  •  Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres - ONU Mulheres;
  • Organização Pan-Americana da saúde - Organização Mundial da Saúde. OPAS/OMS;
  • Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres - Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos;
  • Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. FLACSO

Para obter maiores informações e baixar o livro, acesse o sitio: www.mapadaviolencia.org.br

Postado por: Cristina de D. Oruana


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Prêmio Antonieta de Barros

Seppir lança Prêmio Antonieta de Barros para jovens comunicadores negros e negras

JUVENTUDE NEGRA

Ação visa reconhecer iniciativas de jovens comunicadores negros e negras voltadas para a promoção da igualdade racial e superação do racismo

A Seppir lança nesta sexta (4) o edital do Prêmio Antonieta de Barros para Jovens Comunicadores Negros e Negras, que irá contemplar 30 iniciativas ou atividades de comunicação realizadas por jovens negros e negras.

As ações devem ser voltadas para a promoção da igualdade racial e a superação do racismo. Cada iniciativa receberá um prêmio de R$ 20.000,00. Ao todo são R$ 600 mil em prêmios para fortalecer a comunicação negra no país.

Os interessados podem inscrever as suas iniciativas até o dia 19 de outubro, protocolando o projeto pessoalmente na Seppir (Esplanada dos Ministérios, Bloco A, Brasília), enviando o material pelos Correios, ou mesmo via Internet, pelo e-mail premio.jovenscomunicadores@seppir.gov.br.
Uma comissão técnica composta pela Seppir analisará os projetos, incluindo representantes da sociedade civil organizada, Seppir e Secretaria Nacional da Juventude.

O resultado preliminar do prêmio está previsto para 09 de novembro de 2015, e a homologação do processo no dia 19 de novembro.

Maiores informações acessar o sitio da SEPPIR:
http://www.seppir.gov.br/seppir-lanca-premio-antonieta-de-barros

Postado por: Cristina de Oruanan

Nota de Repúdio

Foto: Toninho Oliveir/Prefeitura de Campinas

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR) repudia veementemente os ataques desferidos contra comunidades tradicionais de matriz africana em todo o Brasil.

Recentemente, ataques motivados pela violência religiosa foram praticados contra casas de matriz africana nas cidades de Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas, no estado de Goiás, mas sabemos que estes não são casos isolados.
 

Também há pouco tempo, o país ficou chocado com o ataque a uma família brasileira praticante de uma religião de matriz africana no Rio de Janeiro. Uma criança foi apedrejada, o que evidencia o grau de violência envolvida no acontecimento. O motivo da agressão é, tão somente, que essa família integra uma comunidade que segue as tradições e visões de mundo africanas que vieram para as Américas no período escravista e que permanecem vivas no Brasil até hoje, compartilhadas por milhões de pessoas.

Outro caso recente envolveu o falecimento de Mãe Dede de Iansã, na Bahia, uma senhora já idosa, que sofria agressões sistemáticas de pessoas que a acusavam de praticar uma seita demoníaca. O infarto que Mãe Dedé sofreu é interpretado como resultado da tristeza e sofrimento causado pela situação. Independente da causa mortis dessa liderança tradicional, a SEPPIR lamenta essa perda, e aponta o componente racista desses ataques muitas vezes interpretados apenas como intolerância religiosa.

O povo brasileiro tem liberdade de culto assegurada desde a República Velha, no século XIX. Mas as práticas religiosas de povos e comunidades de matriz africana e de terreiros seguiram sendo reprimidas e desvalorizadas. Por décadas foi exigido que casas tradicionais tivessem registro na polícia para permissão de funcionamento, por exemplo. Essa condição de segunda cidadania explicita o racismo contido nos ataques feitos a essas comunidades, crime que vai além da tolerância ou não a uma prática religiosa.

Os povos tradicionais de matriz africana e de terreiros se reconhecem como unidades de resistência cultural no país. Esses coletivos se caracterizam pela manutenção de um contínuo civilizatório africano no Brasil, constituindo territórios próprios marcados pela vivência comunitária, pela ajuda mútua, pelo acolhimento e pela prestação de serviços sociais.

A SEPPIR, por meio da Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, envidará esforços para que sejam apurados os fatos dessas e de outras agressões sofridas por esses povos e suas comunidades, que são importante patrimônio cultural do Brasil e da humanidade. É fundamental que o país esteja unido para enfrentar o racismo em todas as suas manifestações, como forma de construirmos uma sociedade democrática e sem discriminação racial.


http://www.seppir.gov.br/central-de-conteudos/noticias/nota-de-repudio

Publicado por: Cristina de Oruanan